domingo, 26 de noviembre de 2017
domingo, 12 de noviembre de 2017
Gramaticas Infames do Medo BLAU PROJECTS Sao Paulo Brasil
ADRIANNA EU, FLÁVIA JUNQUEIRA, ALICE LARA, ALEJANDRA ALARCÓN, CATALINA JARAMILLO QUIJANO, LUCIANA DAMIANI
La exposición reúne la producción de estos seis artistas latinoamericanos a partir de la noción de la "gramática infame del miedo", expresión del poeta Alberto Lacerda acerca de la poética de Paula Rego, artista luso-inglesa cuya trayectoria está marcada por el entrelazamiento de su vida personal el "miedo" retratado es también un miedo presente en el inconsciente colectivo femenino, que recorre las trayectorias de las mujeres en todas las épocas y que ha sido más bien examinado por medio de movimientos feministas, mostrando que, la sexualidad femenina estuvo siempre ligada a represiones y tensiones. "Tuve esa idea porque trabajo con jóvenes artistas mujeres hace algún tiempo y quise mostrar cómo el miedo ligado a la condición de la mujer está retratado en el arte y también en términos políticos", cuenta el curador.
La reciente búsqueda por igualdad de género, las denuncias de abusos y feminicidio, las recientes "hashtags" como #meuprimeiroassedio y #meuamigosecreto muestran que el tema es pertinente tanto en el arte como en la sociedad. Para el curador, el proceso de valorización del masculino también "El proceso de valorización de la obra de una artista mujer tiende a ser mucho más lento y modesto que de un artista hombre", afirma. También dice que gran parte de las colecciones públicas cuentan con un porcentaje desigual de obras de artistas hombres y mujeres. El curador también hace una provocación al preguntar si existe un arte femenino, abriendo el debate para cuestiones aún inconclusas.
Adriana
eu
O medo,
Alice Lara
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Resistência
(cachorros e veado), 2017
190x70 cm
óleo e encaustica sobre tela
Alice
Lara
por um obscuro caminho ele me acha, 2017
20 x 20 cm
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acrílica sobre tela
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Catalina
Jaramillo Quijano
La
habitación de las desapariciones, 2017
21 x 15cm
fumaça de vela sobre papel
Catalina
Jaramillo Quijano
La
habitación de las desapariciones, 2017
21 x 15cm
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fumaça de vela sobre papel
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Flavia Junqueira
#1, da série “Em Nome do Pai”, 2015
84 x 57 cm
ampliação fotográfica
(c-print)
Edição: 2/3
Luciana
Damiani
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Fracción:
Ejercicio sobre Insomnia 1ra. Parte: La oscura,
2012
Alejandra
Alarcón
El
corazón de Alicia, da série Alicia y su abismo,
2016
55x77cm
aquarela sobre papel
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El
corazón de Alicia, da série Alicia y su abismo,
2016
55x77cm
Acuarela sobre papel
A Blau Projects inaugura, dia 18 de novembro, a exposição Gramáticas infames do medo, com curadoria de Ícaro Ferraz Vidal Jr. A exposição foi selecionada pelo #04 C.LAB Mercosul, edital voltado a jovens curadores, promovido pela Blau Projects e atualmente na quarta edição. O C.LAB faz um intercâmbio entre artistas, instituições, galerias e curadores por meio de exposições que reforçam o papel da galeria de incubadora e difusora da arte contemporânea. As artistas, somente mulheres, são as brasileiras Adrianna eu, Flávia Junqueira e Alice Lara, e as latino-americanas Alejandra Alarcón, Catalina Jaramillo Quijanoe Luciana Damiani.
A exposição reúne a produção dessas seis artistas latino-americanas a partir da noção da "gramática infame do medo”, expressão do poeta Alberto Lacerda a respeito da poética de Paula Rego, artista luso-inglesa cuja trajetória é marcada pelo entrelaçamento de sua vida pessoal, sua obra e a história política de Portugal. O "medo” retratado é também um medo presente no inconsciente coletivo feminino, que percorre as trajetórias das mulheres em todas as épocas e que tem sido mais bem examinado por meio de movimentos feministas, mostrando que a sexualidade feminina esteve sempre ligada a repressões e tensões. "Tive essa ideia porque trabalho com jovens artistas mulheres há algum tempo e quis mostrar como o medo ligado à condição da mulher está retratado na arte e também em termos políticos”, conta o curador.
A recente busca por igualdade de gênero, as denúncias de abusos e feminicídio, as recentes "hashtags” como #meuprimeiroassedio e #meuamigosecreto mostram que o tema é pertinente tanto na arte quanto na sociedade. Para o curador, o processo de valorização do masculino também se dá nas artes. "O processo de valorização da obra de uma artista mulher tende a ser muito mais lento e modesto do que de um artista homem”, afirma. Ele também diz que grande parte das coleções públicas contam com um percentual desigual de obras de artistas homens e mulheres. O curador também faz uma provocação ao perguntar se existe uma arte feminina, abrindo o debate para questões ainda inconclusas.
Obras
A carioca Adrianna eu apresenta Corte e costura, de 2007, e O guarda-chuva, de 2006; a boliviana Alejandra Alarcón traz duas obras intituladas El corazón de Alicia, 2016, da série Alicia y su abismo; a brasiliense Alice Lara vem com Sutileza lasciva, da série Amores Perros, de 2009; a colombiana Catalina Jaramillo Quijano mostra seu Compendio de gritos, de 2016; a paulistana Flávia Junqueira traz a série fotográfica Em nome do pai #1 e#2, de 2015; e a uruguaia Luciana Damianiapresenta a instalação fotográfica Fracción: Ejercicio sobre insomnia 1ª. Parte: La oscura, de 2012.
A atual exposição é o segundo projeto selecionado na quarta edição do C.LAB
Mercosul, realizado em 2017. O primeiro, que contou com a mostra Desarticulaciones, da curadora argentina María Alejandra Gatti, aconteceu de 8 de julho a 12 de agosto de 2017. Os artistas apresentados na exposição foram Alan Segal, Lorena Marchetti, Lihuel González, Lorena Fernández e Verónica Gómez, além de cinco escritores escolhidos para elaborar um texto para cada uma das obras expostas.
Os projetos recebidos de diversos países da América Latina foram avaliados e selecionados por uma comissão independente composta pelo curador brasileiro Mario Gioia, o curador colombiano Santiago Rueda e a argentina Mariana Rodriguez Iglesias. Os critérios de seleção incluem relevância no panorama da produção artística contemporânea, conexões e intercâmbios entre artistas que vivem e/ou trabalham na América Latina, objetividade, viabilidade, originalidade e ineditismo. Os dois receberam um aporte financeiro de 12 mil reais para produção de suas exposições.
Sobre o C.LAB
Concebido como projeto independente do programa regular de exposições da Blau Projects, o concurso anual C.LAB seleciona e apoia projetos de curadores e artistas para exposição no espaço da galeria, reforçando seu papel de incubadora e difusora da arte contemporânea.
A primeira edição, realizada em 2014, resultou na produção e exibição dos projetos Ampulheta, do curador Douglas Negrisolli, e (...) pegaríamos as coisas onde elas crescem, pelo meio (...), da curadora Galciani Neves. Em 2015, a segunda edição do C.LAB apresentou como resultado a exposição Na Iminência, da curadora Carolina Soares e Território, povoação, dos curadores Gabriel Bogossian e Juliana Gontijo. Em 2016, foram duas curadorias selecionadas, Formas de abandonar o corpo – Parte I, de Natália Quinderé, e Miniaturas, maquetes, vodu e outras projeções políticas, de Claudia Rodriguez Ponga Linares. Em 2017, a curadora argentina María Alejandra Gatti apresentou o projeto Desarticulaciones,e, agora, é exibido o segundo projeto selecionado, Gramáticas infames do medo.
As comissões de seleção são independentes e têm critérios sólidos de avaliação. Já estiveram nessa função nomes como a curadora colombiana Isabela Villanueva, a argentina Gachi Prietto, o cubano naturalizado brasileiro Andrés Hernandez, o alemão Alfons Hug, a portuguesa Marta Mestre e o brasileiro Rafael Fonseca. Mais informações: www.blauprojects.com/clab.
Ícaro Ferraz Vidal Jr.
Nascido em Niterói, Rio de Janeiro, tem mestrado em Comunicação e Cultura pela UFRJ e também pela Universidade de Lisboa, em Transversalidades nas Humanidades Europeias. Realizou doutorado em Estudos Culturais em Interzonas Literárias pela Universidade de Bergamo, na Itália. Realizou cocuradoria com Hermano Callou da retrospectiva Harun Farocki: diante das imagens do mundo, no MAM-RJ, em 2012, e também da exposição Pelle, do fotógrafo Fernando Gonçalves, no SPAZIOSTUDIO Galeria, em Milão.
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